Prosa, poesia, conexões quânticas, dicas de redação e de leitura, comentários, reflexões… Palavras em infinito movimento!

Arquivo para julho, 2009

Algo só é impossível até que alguém duvida e…

De acordo com Einstein, “algo só é impossível até que alguém duvida e acaba provando o contrário”. A história de Thomas Edison, um gênio tão criativo, determinado e autoconfiante quanto Einstein, ilustra bem esse pensamento. Veja, a seguir:

 

ThomasEdisonOKThomas Alva Edison, o famoso inventor da lâmpada elétrica, do fonógrafo, do projetor de cinema… não foi um homem que se contentasse com pouca coisa. Em 1876, com 29 anos de idade, criou o laboratório de Menlo Park, em Nova Jérsei, o primeiro nos Estados Unidos destinado à pesquisa industrial. Disse, então, que desejaria inventar uma novidade a cada dez dias. Não ficou muito longe de sua meta. Quando morreu, em 1931, com 84 anos, havia patenteado cerca de 1.300 invenções, avaliadas em 25 bilhões de dólares, recorde do qual nem sequer se aproximou qualquer outro inventor.

Ninguém diria, no entanto, que aquele rapaz pobre, sem estudos ou amigos influentes, nascido em Milan, Ohio, no ano de 1847, alcançaria fama e fortuna baseado apenas em seu próprio esforço, inteligência e engenhosidade.

Chamado de “retardado” por seu professor da escola primária por ter um jeito diferente de se interessar por tudo e de fazer perguntas, acabou estudando com a mãe, em casa. Começou a trabalhar como jornaleiro em um trem, que ligava Port Huron a Detroit, com 12 anos de idade. Aos 15, atuava como telegrafista e, com 21, fazia sua primeira invenção – um dispositivo de registro mecânico dos votos. Logo a seguir, construiu um indicador automático de cotações e o ofereceu ao presidente de uma importante firma de Wall Steet. Queria 5 mil dólares pelo invento, mas não teve coragem de pedir. Deixou por conta do cliente, o que foi muito melhor, pois recebeu 40 mil dólares.

Edison não foi um cientista, no sentido estrito da palavra. Mas soube, com muita criatividade, tirar proveito prático e útil dos avanços científicos, propiciando às pessoas uma vida melhor.

Curiosidade: Conta a lenda que Thomas Edison, ao enfrentar o desafio de obter luz por meio da energia elétrica, fez algo em torno de três mil testes para chegar aos componentes da lâmpada ideal. Os integrantes de sua equipe,  por volta do teste de número 2.500, já estavam desanimados. “Nunca conseguiremos”, reclamavam. Para Edison, no entanto, essa frase desesperançada não fazia o menor sentido. Ele preferia: “Agora sabemos 2.500 formas de não fazer a lâmpada elétrica. Estamos, portanto, muito mais próximos da solução”.

 

“O gênio trabalha com 1% de inspiração

e 99% de transpiração.”

Thomas Edison

 

Impressos X internet na comunicação empresarial

impressosxinternet

Houve um tempo em que os impressos dominavam o mundo, e funcionavam muito bem. Só que dependiam de muitas etapas para se concretizarem – redação, diagramação, impressão, distribuição… Ao fim de todas elas, as notícias alcançavam os públicos de interesse, cumprindo eficazmente o objetivo de informar, orientar e esclarecer, o principal propósito das publicações corporativas, mas chegavam “frias”. Não eram mais novidade.

A notícia “quente” já teria sido divulgada, em tempo mais próximo do real, pela imprensa, pelos canais de relações públicas e propaganda, ou mesmo, se fosse o caso, por intermédio de um memorando interno.

No século XXI, a comunicação com os públicos de interesse continua tão imprescindível quanto sempre foi. Contudo, em relação aos recursos, quanta diferença…

Primeira e grande diferença: comunicação em tempo real, seja para públicos de interesse, para a imprensa ou para o público interno. Segunda: custos substancialmente reduzidos, com a utilização de recursos disponíveis na rede. Terceira: redução de quantidade e de complexidade das etapas de produção da comunicação, com a consequente diminuição de erros no processo. Quarta: quantificação de retorno da comunicação, com o apoio de instrumentos disponíveis na internet. Quinta: interatividade, significando comunicar, obter retorno e poder esclarecer, informar mais, orientar e cativar o cliente, efetivo ou potencial.

Para as empresa, os meios atuais de se relacionar com seus públicos de interesse são os próprios sites, blogs corporativos, newsletters eletrônicas, redes sociais… Informação em tempo real, baixo investimento, simplicidade na produção da comunicação, quantificação precisa do retorno obtido e interatividade.

Blogs corporativos

Conhecido como a “newsletter dos tempos modernos”, o blog surgiu por volta de 1997 e sua denominação foi cunhada pelo norte-americano John Berger, originando-se da união dos termos web (rede) e log (diário, arquivo, registro de atividades) – weblog –,  logo reduzida para blog, a partir da criativa brincadeira de um internauta, que desmembrou o termo original, transformando-o em “we blog” (nós blogamos).

O início da “onda” dos blogs ocorreu em 2000. Sete anos depois, somavam 100 milhões e, em 2008, com 1,5 bilhão de internautas contabilizados em todo o mundo, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), calcula-se que metade deles acesse regularmente blogs.

Para as empresas, os blogs acabaram por se revelar uma excelente ferramenta de relações públicas, ajudando a fortalecer o relacionamento da organização com seus públicos de interesse estratégico – de funcionários, clientes e parceiros a mídia e consumidores em geral – e cooperando para destacá-la nos rankings de busca da rede (Google, Yahoo! etc.). E, como vimos anteriormente, com muito mais vantagens em relação às publicações impressas – como interatividade, informação em tempo real e baixo custo.

O que poderia ser melhor? Por enquanto é isso, mas, com certeza, outras novidades surgirão. Afinal, “navegar é preciso…” e não  sabemos o que mais vamos encontrar pela frente! 

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Informática para a terceira idade

O avanço tecnológico aconteceu muito rápido. Por isso, a geração mais velha às vezes se sente um pouco intimidada diante de um computador e das muitas maravilhas possibilitadas pela internet. Agora, no entanto, isso não é mais problema,  basta fazer um curso personalizado de informática (aulas particulares) com a Professora Berenice. Clique aqui para saber mais.

Aquarela IV – Londrina

Dar a volta ao mundo

viajando com as palavras

que embora em casual harmonia

aqui afloram caóticas

AquarelaIV-Londrinapersiana200entrar no rodopio

criativamente planejado

de ruas bairros prédios

cujos nomes parecem setas indicativas

de alguma maluca agência de turismo

caminhar pelo jardim Piza

passando pelas ruas

Veneza Florença Gênova

nas quais se chega trafegando

pela avenida Inglaterra

em ordem geográfica incerta

chegar a Paris Toulouse Marselha

tomando fôlego na Milão

para desembarcar em QuebecAquarelaIV-Londrinavistapredioslago200

e logo a seguir em San Diego

San Isidro San Fernando

todos próximos da Califórnia

e do sempre enigmático Eldorado

descer em frente ao prédio Campos Elíseos

que não dista muito do Monte Carlo

no centro percorrer a Rio Grande do Sul

que logicamente desemboca

na Rio Grande do Norte

enquanto Paraná e Sergipe

fluem paralelas

e no letreiro do ônibus

AquarelaIV-Londrinavistageral200que deseja de acordo com o horário

Bom Dia  Boa Tarde  Boa Noite

surpreender-se com o itinerário:

Tóquio

mais um destino impossível possível

nesta cidade globalizada

pelas palavras

 

 

 

Medo de escrever… Quem não tem?

Medo de escrever todos temos. E não é que há uma razão (histórica) para isso? Tudo começou há cerca de 2 milhões de anos, no período chamado de Paleolítico ou, mais informalmente, na Idade da Pedra Lascada.

Com o despertar da consciência, alguns de nossos ancestrais primatas deram-se conta de que, além do instinto, também podiam agir por vontade própria. Estimulados por essa descoberta, iniciaram um novo tipo de relacionamento com os demais seres e com o ambiente à sua volta.

homo-sapiens300okComeçaram a utilizar objetos de osso e pedra como ferramentas e armas; aprenderam a acender, a manter e a empregar o fogo e desenvolveram a fala, de forma natural, como um meio mais eficiente de se comunicar e de obter resultados.

O auge dessa fase evolutiva ocorreu cerca de 500 mil anos atrás, com o surgimento do Homo sapiens, que deu origem à linhagem do homem atual. Entre outras conquistas, esse nosso antepassado longínquo foi capaz de se fixar numa terra apropriada e dela tirar, por meio do cultivo de plantas e da domesticação de animais, o seu sustento. Também conseguiu perceber as vantagens de se unir aos seus iguais, com eles formando povoados, cidades e as primeiras sociedades organizadas.

Com o nascimento das civilizações – por volta de 4.000 a 3.000 anos a.C. -, o homem sentiu necessidade de ampliar sua capacidade de comunicação. Até então, a fala e a memória tinham sido capazes de preservar e de difundir o conhecimento acumulado pelas tribos e grupos que viviam em sociedades mais simples.

A história, os mitos, as lendas, as crenças, enfim, a sabedoria e a cultura de cada povo eram transmitidos pelos mais velhos aos mais jovens em conversas ao redor da fogueira ou em outros lugares igualmente aconchegantes ou mágicos.

O surgimento da civilização, no entanto, modificou a maneira tradicional como as pessoas agiam na realidade e interagiam com ela. As sociedades da Antiguidade ampliavam-se continuamente e havia que registrar, contabilizar, definir normas legais e de convivência social, difundi-las, fazê-las cumprir… Como conseguir isso sem um meio pelo qual a palavra falada pudesse ser convertida, de forma a tornar-se fixada e facilmente transmissível?

O desenvolvimento da escrita, em duas vertentes distintas – ideográfica e  fonética -, foi a resposta a essa nova demanda do homem em constante evolução. 

escrita-pictorica-britishmuseum300

Na vertente ideográfica, a escrita era composta por signos pictóricos (desenhos, símbolos), que representavam, conceitualmente, objetos ou ideias. Os sumérios foram os primeiros a criar um sistema de escrita pictórico, por volta de 3.400 a.C..

Na vertente fonética, os signos começaram a representar os sons,alfabetofenicio300 com os quais objetos e ideias eram conhecidos no falar típico de cada povo. Deve-se aos fenícios a criação do primeiro alfabeto, com base na representação dos sons, cerca de 1.000 anos antes de Cristo. Era constituído por 22 signos, que permitiam escrever qualquer palavra.

A engenhosa simplicidade do sistema estimulou sua rápida assimilação por outros povos. O alfabeto fenício, aprimorado pelos gregos – que nele incluíram a notação dos sons vocálicos – e difundido pelos romanos, como parte de sua estratégia de dominação, tornou-se o ancestral comum dos demais alfabetos.

E o que isso tem a ver com o medo de escrever?

Conhecendo a história do falar e do escrever, percebemos que o que nos levou a desenvolver a escrita – a necessidade de fixar o que era, até então, só falado – nos levou também a temê-la, pois “o que se escreve, fica”. Essa, por sinal, é a razão de ser da escrita!

O que falamos nas conversas cotidianas, mais dia, menos dia, cai no esquecimento. O que escrevemos, não. Fica registrado e isso, com maior ou menor intensidade para cada um de nós, acaba significando uma ameaça. Sentimo-nos mais expostos e sujeitos a críticas. Isso  pode nos “travar”, mas também pode ser encarado como um desafio, que todos somos capazes de vencer.

 Escrever301

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Veja também: Redação em quatro etapas, uma miniaula para você!